Mapa Mental: entenda como a técnica pode ajudar nos estudos
21/11/2023
Essa estrutura facilita as anotações, ajuda a absorver conteúdos e a ter ideias Fim de ano é, para muitos estudantes, sinônimo de provas finais, vestibulares e muitos desafios no âmbito dos estudos. Mas, embora seja desafiador absorver todo o conteúdo necessário, existem algumas estratégias e dicas que podem facilitar esse processo e contribuir para um melhor desempenho na hora de colocar os conhecimentos à prova. Uma delas é a criação de mapas mentais, importantes ferramentas que permitem organizar informações de maneira visual e estruturada. Como resultado, é possível memorizar o conteúdo com agilidade, eficiência e criatividade.
Essa técnica está relacionada ao Design Thinking, uma abordagem que estimula o pensamento criativo e permite organizar ideias para conseguir criar soluções completas e práticas. Embora muito usado no ambiente corporativo para fomentar a criação de novos produtos, serviços, processos ou resolução de problemas, esse conceito é muito aplicado no processo dos estudos. É o que explica a Coordenadora Pedagógica da Escola Dinâmica, Luciana Seemann.
Lifelong learning: Conceito de educação sugere ‘aprendizado eterno’
"Ao aplicar o Design Thinking aos estudos escolares, o estudante transforma o processo de aprendizagem em algo mais dinâmico, personalizado e adaptável. A abordagem centrada no aluno promove uma maior autonomia no aprendizado, contribuindo para uma experiência educacional mais eficaz e significativa", comenta.
Segundo ela, os estudos que seguem esse conceito devem ser aplicados de maneira criativa e centrada no estudante. Com isso, é possível entender as necessidades e preferências de aprendizagem de cada um, além de criar atividades educativas envolventes.
Organização do conteúdo
Uma das práticas mais comuns do Design Thinking aplicada em sala de aula é, justamente, a criação de mapas mentais. Segundo Luciana, eles são representações visuais de informações, o que contribui para organizar e estruturar ideias. Basicamente, um mapa mental começa a ser desenhado com uma ideia central, que pode ser o assunto ou um tópico da matéria. Depois, o tema principal é ramificado em tópicos relacionados, basta citá-los e conectá-los conforme o andamento dos estudos.
De acordo com a coordenadora pedagógica, a estrutura ramificada das informações permite que o estudante tenha uma visão clara do conteúdo, consiga fazer associações e reter o conteúdo com facilidade. Assim, estudar torna-se um processo mais eficiente e dinâmico.
Como criar um mapa mental do zero
O processo de criação de um mapa mental pode acontecer tanto em uma folha de caderno em branco, quanto em ferramentas digitais criadas com esse propósito, a exemplo do MindMeister, XMind, Google Drawings e outros. Ambas as possibilidades têm vantagens: enquanto o mapa no papel oferece uma experiência mais tangível, as ferramentas on-line são de fácil uso e edição. Cabe ao estudante explorar as possibilidades e identificar a opção que mais se encaixa com o seu perfil de estudo.
Para criar, é muito simples: basta escrever o tema central no meio da página, e a partir deles, criar subtemas conectados com o assunto principal. O estudante pode soltar a criatividade: usar símbolos, cores, imagens e palavras-chave para enfatizar os conceitos.
Entenda o que são e como funcionam as metodologias ativas de aprendizagem
É importante que as frases sejam curtas, já que a ideia é memorizar pontos importantes. A Coordenadora Pedagógica explica que o método estimula a memória visual, além de permitir que os estudantes exercitem a criatividade e a interpretação de conceitos.
"O processo de criação envolve o engajamento ativo, fortalecendo a retenção do conteúdo. Além disso, a organização hierárquica e ramificada do mapa mental reflete a estrutura lógica do assunto, o que pode facilitar a lembrança durante a revisão", reforça Luciana.
Confira algumas dicas essenciais para fazer mapas mentais:
Antes de colocar as ideias no papel, ou nas telas, organize um esboço para não se esquecer de nada;
Inicie com uma ideia clara, que represente o tema principal do assunto estudado;
Use cores e imagens para tornar o mapa mental mais visual e memorável;
A ideia é memorizar, então mantenha as frases curtas. Para resumir o conteúdo, use palavras-chave;
Mantenha o conteúdo organizado para não se perder ou ter dificuldades de entendimento ao estudar;
Lembre-se de usar linhas ou setas para conectar diferentes conceitos;
Para facilitar na revisão do conteúdo, destaque os trechos mais importantes com um marcador ou caneta colorida;
Revise e atualize seus mapas mentais sempre que precisar.
Veja mais dicas do Guia do Estudante no G1.
Leia também
Por que estudar inglês na escola é tão importante? Entenda
Vestibular: Confira dicas para não sofrer com ansiedade